Diversos vídeos e áudios publicados nas redes sociais por uma amiga de Bruna F. F., 22, revelam que a jovem era agredida e ameaçada de morte pelo garimpeiro, Nilton César Lopes dos Santos, 35.
O homem foi morto com dois tiros na manhã da última terça-feira (27) em um condomínio no bairro Novo Horizonte, na zona Sul da capital de Rondônia.
A jovem Bruna confessou que matou o ex-marido agindo em legítima defesa. Em audiência de custódia realizada na manhã de ontem (28) a jovem teve decisão favorável de responder pelo crime em prisão domiciliar.
Ameaças de morte e agressões
Em um trecho de um vídeo gravado por Bruna enquanto era ameaçada e agredida física e psicologicamente, o garimpeiro afirmava:
"Não é ameaça não, é realidade, é um fato que vai acontecer. Eu te dou um fim que ninguém acha nem vestígios de tu. Não acha nem que tu foi matéria um dia", dizia Nilton.
Em outra parte, o homem agride a jovem que estava deitada na cama. "Vou desgraçar tudo", dizia ele.
Ainda durante as brigas e novas ameaças o garimpeiro afirmava: "Pode ter certeza Bruna, eu vou me separar de ti, mas o dia que eu te ver com outro eu vou te matar e matar esse outro. Vai morrer tu e ele. Eu já vou deixar tua família todinha avisada que já é para ir guardando o dinheiro para o funeral".
Em postagem nas redes, uma amiga de Bruna divulgou vários vídeos das agressões e ameaças cometidas por Nilton e escreveu um texto dizendo:
"Resolvi expor tudo o que minha amiga me enviava enquanto estava sendo agredida, ameaçada e desfigurada por alguém que demonstrava ser uma pessoa, mas dentro de casa se transformava em um monstro!
Enquanto ele agredia somente a ela, a mesma ou, porém a não aceitação de uma separação migrou as ameaças para uma criança de dois anos!
E assim iniciou-se as perseguições, alucinações com constante uso de drogas e manipulações.
Além das marcas físicas, deixou também as marcas invisíveis de um constante pânico em uma menina de 22 anos que casou aos 15 com alguém que demonstrava ser uma pessoa e depois tornou-se outra.
Só o defende quem defende agressores e quem acha que mulher é objeto ou saco de pancada! Aí estão um pouco das coisas que eu e os familiarem recebiam, fora as denuncias que nada adiantavam.
Só quem a sabe o quanto é difícil sair de um relacionamento abusivo. Infelizmente terminou em tragédia, mas ela não entrou pra estatística de feminicídio e como mãe conseguiu proteger seu filho! Mulheres, SE DEFEDAM!!!!!"