Cuide para não conceituar pessoas por seu histórico,
por suas origens ou pelo que aparentam.
Isto pode levar a sérios equívocos.
Um homem não é as roupas que veste,
não é o lugar de onde veio,
nem é o que fez no ado.
Conceituar as pessoas pelo que fizeram no ado
é não confiar na própria evolução do indivíduo,
e está claro que todos os indivíduos evoluem em suas vidas.
Além disso, há muito sobre a vida de uma pessoa
e seus supostos erros que escapam ao conhecimento
e à compreensão de todos,
porque há coisas que são essencialmente íntimas,
e não é lícito fazer julgamento algum,
que dirá daquilo que não se tem total conhecimento.
Sim, uma pessoa pode regredir também,
mas não é olhando o ado dela
que você observará isso,
mas com os olhos fitos no presente.
Mesmo que tenham cometido erros gravíssimos no ado,
é possível que essas pessoas se recuperem
e evoluam de modo surpreendente,
bastando que encontrem ambiente favorável
e, no sorriso das pessoas,
uma segunda chance.
Augusto Branco
Autor dos livros da coleção VIDA, Calíope e outros.