Especialistas tem observado comportamentos em crianças que chamam de “autismo virtual” 1d1952
Foto: Freepik
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O avanço tecnológico das comunicações tem favorecido a humanidade em diversos aspectos, e de outro lado, vem causando novas consequências que ainda estão sendo estudadas, mas já despertam a preocupação cientifica e de especialistas. Um dos debates que vem ganhando dimensão é o uso contínuo de telas de aparelhos celulares por crianças. O equipamento virou a babá eletrônica da atualidade, o que parece distração, pode gerar distúrbios e transtornos.
Especialistas que estudam as consequências para saúde pelo uso excessivo de telas por crianças, alertam para o surgimento de um tipo de comportamentos semelhante aos observados no Transtorno do Espectro Autista (TEA). Para entender sobre o chamado “autismo virtual”, o Rondoniaovivo pesquisou o tema e encontrou importantes informações sobre a exposição prolongada a dispositivos eletrônicos.
A infância é a fase mais afetada com esse problema. Para ocupar as crianças, os pais e responsáveis vem dando o ao mundo virtual precoce aos pequeninos. Apesar de silenciar e entreter a criançada, os comportamentos observados indicam dificuldades de interação social, presença de comportamentos repetitivos, ausência de contato visual nas interações pessoais, e atraso no desenvolvimento da linguagem.
Esses comportamentos que são atribuídos ao uso constante de telas, podem confundir pais e profissionais dessaúde nos diagnósticos corretos de distúrbios do neurodesenvolvimento infantil. De coisas simples como a dificuldade para pegar no sono até distúrbios mais agudos, o certo é que as crianças pesquisadas têm apresentado sinais do impacto do uso excessivo da tecnologia digital na palma da mão.
Uma das especialista que vem estudando o fenômeno é a neuropediatra Fernanda Fredo, do Instituto Curitiba de Saúde (ICS). Ela explica que o excesso de telas pode causar alterações no sono, prejudicar a atenção e o aprendizado, provocar problemas visuais e dificultar a socialização. “O uso exagerado de dispositivos eletrônicos não causa TEA, mas pode gerar comportamentos que mimetizam o transtorno e atrapalham a identificação de um quadro clínico real”, destacou a médica.
A prevenção já é alertada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) que orienta aos pais e responsáveis, que crianças menores de dois anos não sejam expostas a nenhum tipo de tela. Já entre dois e cinco anos, o tempo diário de uso deve ser a, no máximo, uma hora — sempre com supervisão de um adulto.
As mudanças de comportamento nas crianças observadas pelos pais, devem ser levadas ao conhecimento de especialistas de saúde para diagnósticos profundos e eficazes.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!
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