A Associação dos Engenheiros e Arquitetos Servidores Públicos Municipais de Porto Velho, vem a público expressar seu repúdio ao desmonte institucional e desvalorização imposta à nossa categoria durante os anos da gestão anterior, um período marcado por decisões políticas, ataques à autonomia técnica e perda sistêmica da capacidade do Município em produzir, fiscalizar e planejar sua própria infraestrutura.
Sob a justificativa de um documento de apenas duas páginas, sem qualquer estudo técnico ou justificativa plausível, a gestão anterior colocou em extinção os cargos de engenheiros e arquitetos, desmobilizando um dos pilares essenciais da istração pública. Com clara conclusão, a fragilização do corpo técnico do Município e da capacidade de analisar, elaborar e fiscalizar as obras e projetos de saúde, educação, saneamento e infra-estrutura de nossa Capital.
Como resultado, restaram apenas 80 engenheiros e arquitetos para atender um município com 34 mil km2, 11 distritos, mais de 3.500 km de estradas e dezenas de localidades isoladas, algumas íveis apenas por via fluvial. Desses, menos de 20 profissionais permanecem na linha de frente da elaboração de projetos. Os demais, alocados em setores igualmente críticos como licenciamento, planejamento urbano e rural, defesa civil e controle ambiental, lutando diariamente contra a falta de estrutura e pessoal, fruto de uma desvalorização institucional causada pela gestão anterior.
Mesmo diante desse cenário, foi divulgado em jornal on-line que o Município contava com técnicos "em quantidade suficiente", uma afirmação errada, desonesta e desrespeitosa, que apenas deixa a mostra o desrespeito de seus responsáveis pela verdade, pela população e pela engenharia pública. Rejeitamos essa narrativa e responsabilizamos a gestão anterior pelo desmonte da capacidade técnica da Prefeitura.
Em contrapartida, a nova gestão do Prefeito Léo Moraes tem demonstrado postura oposta de respeito, reconstrução e valorização. A reativação dos cargos extintos, aprovada pela Câmara Municipal, representa um marco de retomada institucional e justiça com a categoria. Nosso apoio à atual gestão é firme e inequívoco, não apenas pela reintegração dos cargos, mas por algo ainda mais elementar: pela garantia de que podemos trabalhar com dignidade, liberdade técnica e sem medo de perseguições.
Ressaltamos, ainda, o papel determinante do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Rondônia (CREA-RO), na pessoa de seu presidente, Eng. Edson Rigole, que desde o início de sua gestão tem demonstrado comprometimento incansável com o retorno da categoria ao quadro técnico do Município. Mesmo diante da ausência de diálogo com a gestão anterior, o CREA manteve uma atuação firme, embasada e essencial para o avanço das articulações que culminaram na reversão da medida de extinção dos cargos.
A engenharia e a arquitetura públicas não são obstáculos para a gestão municipal, são fundamentos de um município funcional, organizado e apto ao progresso. Queremos apenas fazer o que sabemos e fomos formados para fazer: servir tecnicamente à população de Porto Velho, com ética, responsabilidade e compromisso. E é isso que temos feito, já apresentando resultados visíveis em diversos projetos em andamento.
Por isso, esclarecemos e pedimos à população, a todas as instituições e a imprensa que não se deixem enganar por narrativas distorcidas sobre a Categoria dos Engenheiros e Arquitetos. O desmonte foi real e injustificável. E agora, o a o, começa a ser corrigido.