A agência de notícias do Ministério da Saúde destacou em sua página na internet, a vinda de representantes do ministério a Porto Velho, a pedido do governador Confúcio Moura, para ajudar a Secretaria de Estado da Saúde a reorganizar a rede de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS). A nota informa que técnicos de diversos setores do ministério estiveram em Porto Velho para conhecer a realidade e encontrar soluções em junto com os gestores locais.
Um dos principais problemas do atendimento em Porto Velho é o Hospital de Pronto Socorro João Paulo II, que possui um número de leitos (160) insuficiente para atender a procura. De acordo com o governador, algumas medidas já foram tomadas para sanar o problema. “Conseguimos mais 150 leitos de retaguarda por meio de convênios com hospitais privados. O Hospital de Base já está com 120 leitos prontos e devem ser inaugurados no início de maio”, destacou Confúcio Moura.
A equipe do ministério também realizou visitas nas unidades de saúde de Porto Velho e constatou que quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPA) devem ser entregues ainda no primeiro semestre. O Ministério da Saúde, que já reou toda a verba necessária para a ativação das UPAs, espera pela inauguração, que deve ocorrer ainda no primeiro semestre. “O Estado deve inaugurar duas UPAs tipo III, de gestão do estado, nos próximos 60 dias. E até o fim de maio, mais duas UPAs tipo II, de gestão municipal, já devem estar em atividade”, explicou Adriano Massuda, secretário executivo adjunto do MS.
De acordo com Adriano Massuda, a parceria entre o ministério com o governo do Estado e municípios reflete o compromisso do ministro Alexandre Padilha e da presidenta Dilma Rousseff de enfrentar os desafios estruturais do Estado. “Nós queremos agir com mais força, oferecendo nosso apoio para reorganizar as redes de atenção. Esperamos voltar aqui e ver resultados positivos”, explica Massuda.
A agência registrou ainda a proposta de incluir o João Paulo II, unidade mais carente da capital, na ação estratégica S.O.S Emergências. Pela estratégia, o hospital receberá R$ 3,6 milhões ao ano para investimentos e custeio.
Interior – O plano emergencial também prevê solucionar problemas em municípios vizinhos. O Ministério da Saúde já reou, por meio do Fundo Nacional de Saúde (FNS), a primeira parcela para a construção de quatro UPAs tipo II em Ariquemes, Cacoal, Ji-Paraná e Rolin de Moura. Também está prevista a readequação de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 13 municípios. O FNS também transferiu recursos para a reforma de UBS em outros dez municípios.
Em Ariquemes, está prevista a construção de uma Central de Regulação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no primeiro semestre deste ano. Já foi publicada a Portaria nº 718, que destina recursos financeiros para construção, aquisição de mobiliário e equipamentos de tecnologia da informática e rede ao SAMU da cidade.
O Ministério da Saúde vai aguardar o diagnóstico final da visita para traçar a estratégia de apoio ao governo de Rondônia. Outras medidas a médio e longo prazo também devem ser desenvolvidas para a melhoria do SUS na capital.