OPERAÇÕES DRACO - Já são dois prefeitos afastados pela Justiça; tempestade no horizonte h3v4i

O Rondoniaovivo está com um novo projeto. Agora, todos os finais de semana, os internautas terão uma coluna abordando os mais diferentes temas. Quem quiser colaborar com sugestões de assuntos podem entrar em contato pelo e-mail: [email protected]

Pai Lula

Uma nova porta de negócios e desenvolvimento deve se abrir para Rondônia, em especial, para Guajará-Mirim e região. Estamos falando da construção da ponte Binacional que unirá Brasil e Bolívia. O projeto, por mais que alguns rondonienses façam biquinho de desaprovação, é uma obra do Governo Lula. Essa ponte tem tudo para tirar a Pérola do Mamoré, assim Guajará-Mirim é conhecida, do marasmo em que se encontra, fazendo com que a cidade sofresse um êxodo nos últimos anos. Com a perspectiva da ponte, só falta a população local eleger políticos que, de fato, estejam preocupados com o crescimento regional. Isso é urgente!

Otimismo

Quem já está vislumbrando essas oportunidades para incrementar os negócios com Rondônia e outros países da América do Sul e do mundo, são os empresários bolivianos Ricardo e Nélson Adularte, da NAPS - Serviços de Desenvolvimento Empresarial. Eles trabalham com exportação de produto bolivianos como sal, madeiras, frutas, grãos e muitos outros. Os dois acreditam que a ponte é um novo capítulo de Rondônia. “Vai crescer muito e Porto Velho é o centro do desenvolvimento dessa economia”, disseram otimistas.

Ignorou

A Federação das Indústrias do Estado de Rondônia(Fiero), se manifestou, através de nota, sobre a licitação da ponte binacional que vai unir Brasil e Bolívia, em Guajará- Mirim. O texto diz que essa obra é mais uma vitória da entidade, que teve esse assunto como uma das principais agendas da federação. Porém, não se sabe porque, cita o Governo Federal, mas, ignora, totalmente, o presidente Lula que assinou a ordem para que os primeiros os dessa conquista acontecessem. Enfim, rancor é um sentimento difícil de ser domado!

Vai dar Problema

A antiga rodoviária de Porto Velho sempre foi um motivo de vergonha para os moradores de nossa cidade. Feia, suja, imunda, prostituição, quente, pequena e por mais que se procure adjetivos negativos sobre ela, sempre havia espaço para mais um. Mas agora, o prédio foi demolido para a construção do novo terminal por parte da atual istração da capital. A expectativa é grande por parte da população.

Sem Estudo atualizado

Porém, sempre tem esse, porém, o novo projeto pode se tornar um problema para istração e para a comunidade. O motivo, quem explicou foi a professora de Universidade Federal de Rondônia, Tatiana Checchia. Segundo ela, não foi feito um estudo da macrodrenagem do local e com as chuvas ficando, cada vez mais intensas, isso pode ser motivo de preocupação. “Sabemos que aqui na Amazônia, isso é um tiro no pé. Pois, os nossos rios tem a dinâmica de sair da caixa no período da chuva. Perguntei ao pessoal da prefeitura se foi feito um novo estudo do igarapé nesse trecho, eles falaram que não foi feito. Além disso, áreas de APP(Áreas de Preservação Permanente) não podem ser ocupadas, isso é uma lei federal. São vários problemas sucessivos. É um dinheiro público em uma obra com um custo considerável, sendo feito em cima de um problema”, alertou.

Vergonhoso

A violência não tem dado trégua em Rondônia. O Estado possui duas das 50 cidades consideradas mais violentas do Brasil. Esse título, que não é motivo de orgulho para ninguém, ficou com Porto Velho e Ji-Paraná, segundo o anuário de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O levantamento foi divulgado na quinta-feira (20). Porto Velho aparece em 47º lugar (42,1 mortes) seguido por Ji-Paraná em 48º (41,8 mortes) na relação de cidades mais violentas do Brasil. Não é a primeira vez que essas cidades aparecem na listagem relacionadas a números absurdos de violência. Os municípios rondonienses ficaram atrás de locais como: 7ª Altamira (PA- 70,5), 8ª Macapá (AP- 70), 12ª Salvador (BA – 66), 23ª Manaus (AM - 53,4) e à frente apenas de 49ª Belford Roxo (RJ – 41,8) e Marituba (PA – 41,6).

Polícia Militar

Paralelo a tudo isso, o Governador Marcos Rocha(União Brasil) trocou o comando da Polícia Militar, assumindo o coronel PM Regis Wellington Braguin Silvério(foto), o cargo de comandante-geral da instituição. Ele prometeu uma polícia mais humanizada e ao mesmo tempo aperfeiçoar o combate efetivo contra o crime organizado. Se ele vai conseguir tirar Rondônia desse ranking da violência, só o tempo irá dizer. Mas, uma certeza já temos, trabalho é o que não vai faltar!

Aconteceu

O impensável acontece! Ver o senador rondoniense Marcos Rogério(PL), um verdadeiro pitbull pela lealdade ao ex-presidente Bolsonaro em todos os momentos, rasgando elogios ao atual ministro da Fazenda, Paulo Haddad, do PT, é de arrepiar de raiva qualquer bolsonarista raiz. O tempo, como sempre, é o senhor da razão. Marcos Rogério, ao que parece, está apredendo a lição!

Mais Um

Já são dois prefeitos afastados pela Justiça em Rondônia nos últimos dias. Os gestores de Candeias do Jamari e de Ji-Paraná são os últimos que foram alvos das ações contra corrupção. Além de serem acusados e suspeitos de crimeso, ambos têm algo mais em comum. Os dois são terrivelmente Bolsonaristas e gostam de chamar Lula de Ladrão... Se a coisa continuar nesse ritmo até as próximas eleições, vão sobrar poucos prefeitos, em Rondônia, para tentar a reeleição.

Homens de Preto

Na quinta-feira(13), os homens de preto baixaram em Ji-Paraná. A 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO2) chefiou a operação "Horizonte de Eventos", que resultou na desarticulação de uma organização criminosa responsável por fraudes em licitação e desvio de recursos públicos. A ação contou com o auxílio da Polícia Federal, Polícia Civil de Goiás, Polícia Civil do Acre e GAECO (Ministério Público de Rondônia). Durante a ação da PC, o prefeito de Ji-Paraná, Isau Fonseca (União Brasil) foi afastado do cargo.

Outros Estados

Nessa limpa foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão nos estados do Acre, Rondônia e Goiás, em diferentes localidades estratégicas relacionadas ao esquema criminoso. Além disso, foram executados 5 mandados de suspensão cautelar do exercício da função pública, incluindo o do cargo de prefeito do município de Ji-Paraná.

Luz

As investigações colocaram luz, literalmente, em um esquema de licitação fraudada e direcionada para a aquisição de luminárias de LED. O prejuízo, segundo os dados da polícia, pode chegar à casa dos 17 milhões de reais aos cofres da segunda maior cidade de Rondônia. A execução do crime contou com a participação de servidores públicos e empresários. Essa dinheirama poderia ter sido usada em investimentos no município nas áreas de saúde, educação, construção e melhorias de estradas entre outros. O momento é de aguardar o desenrolar do trabalho policial!

Haja fralda

Continuando nesse mesmo embalo, eis que chega a nossa redação uma denúncia de sujar fraldas. Estamos falando da compra, por pregão eletrônico, para a aquisição de fraldas geriátricas descartáveis, que foi aberto em outubro de 2022, no valor de R$ 1.377.698,56(Um milhão, trezentos e setenta e sete mil, seiscentos e noventa e oito reais e cinquenta e seis centavos). O responsável por esse ‘mundo de fraldas’ é o prefeito de Ouro Preto do Oeste, Alex Testoni(PSD). Ele usou o critério do menor preço unitário e valor do certame ficou em R$ 734.868,32 (Setecentos e trinta e quatro mil, oitocentos e sessenta e oito reais e trinta e dois centavos), e o prazo de entrega da empresa é até o dia 17 de outubro.

8 fraldas por morador

As empresas vencedoras da licitação foram a Covan Comercio Varejista e Atacado do Norte LTDA-EPP, que levou o valor de R$ 386.440,00 (trezentos e oitenta e seis mil e quatrocentos e quarenta reais). Essa empresa é do município de Jaru (RO) e a Medical Comércio, Importação e Exportação LTDA com o montante de R$ 348.428,32 (trezentos e quarenta e oito mil, quatrocentos e vinte e oito reais e trinta e dois centavos) com sede em Ouro Preto do Oeste. Serão mais de 300 mil fraldas descartáveis dos mais diversos tamanhos para atender a população ouro-pretense. Só para lembrar, segundo o IBGE, a cidade tem uma população de 35.044 habitantes. Assim, cada morador da estância turística ficaria com oito fraldas. Vou deixar para você, leitor, tirar as suas próprias conclusões!

Escolas Militarizadas

O Programa de implantação das escolas cívico-militares, implantado pelo Governo Bolsonaro, está fadado a acabar. O presidente Lula decidiu terminar com a experiência bolsonarista de formar soldados Brasil a fora. Ao todo, foram implantadas 216 escolas cívico-militares nas 27 unidades da Federação. Nelas, as escolas inscritas no programa seguem currículo definido pela secretaria de Educação do Estado, mas são geridas por militares e os alunos devem seguir as regras estabelecidas por eles, como o uso de fardas. As unidades são geridas tanto pelas Forças Armadas quanto pela Polícia Militar, a depender da escola.

Espera

Em Rondônia, o governador Marcos Rocha fez um vídeo onde afirmou que irá manter as escolas cívico-militares. A Seduc informou que no Estado foram implantadas quatro escolas nesse modelo cívico militar. Isso quer dizer, que nada muda, por enquanto!

Pesados

Que muitos caminhões que transitam nas BR’s que cortam Rondônia estão com peso além do permitindo, colocando em risco quem trafega por essas vias e a conservação dessas estradas, não é novidade para ninguém. Agora, o que está sendo feito para acabar com esse problema? Quem responde é superintendente Regional do Departamento de Infraestrutura Terrestre(DNIT) em Rondônia, André Lima. Ele disse que hoje, existem duas balanças móveis que atuam em diferentes pontos das estradas federais. As pesagens são feitas em Porto Velho, Pimenta Bueno, Vilhena, Ouro Preto, Extrema e na BR 319.  

Três minutos

André Lima concordou que o número de balanças é insuficiente para atender a demanda de veículos que circulam nas estradas federais rondonienses. Por esse motivo, e que 60% dos caminhões trafegam com excesso de peso. Hoje, explicou, as duas balanças móveis fazem uma média de 150 pesagens por dia, em um prazo de 3 minutos para cada caminhão. “Já chegamos a pegar caminhão com 30 mil kg de peso na BR”, disse.

Sem funcionários

Além das poucas balanças, o DNIT enfrenta um outro problema para fiscalizar as estradas de Rondônia. Trata-se da falta de servidores. Hoje, o órgão está em falta de 30 engenheiros. André relatou que, recentemente foi aberto um concurso para a contratação de 100 engenheiros, porém, essa quantidade é para ser distribuída para todo Brasil.

Refresco

Que o calor em Porto Velho, nos últimos dias, está inável, não é novidade. Mas uma cena chamou a atenção de quem ou na esquina das avenidas Sete de Setembro e Joaquim Nabuco, em Porto Velho, na última semana. Dois cachorros dormindo na porta de uma farmácia aproveitando o vento frio da cortina de ar na porta do local. Cada dia mais, me convenço que animais pensam, sim, e melhor do que muitos humanos!

Sombra

Por falar em calor, há um burburinho nas redes sociais de que um assessor graduado de uma prefeitura rondoniense, tem comprado apartamentos no Nordeste brasileiro. Nada melhor do que mar, sol e água de coco para acalmar os nervos e aliviar o stress.

Show

Falando em música, aconteceu no último dia 22, o ‘Barco das Artes’. O evento foi um eio pelo Rio Madeira, com a companhia da boa música do cantor rondoniense Sandro Bacellar. Além disso, teve comida regional e exposição artística. Sandro informou que um novo evento desse porte, deverá ocorrer em setembro.

Orgulho

A edição deste ano do prêmio Jabuti, considerado o maior prêmio da literatura nacional, tem uma rondoniense concorrendo. A escritora Cleide Blackman foi aceita para entrar na disputa com o livro “Do Mar do Caribe à Beira do Madeira II – A Diáspora Afro-Antilhana Para o Brasil”. A obra é fruto de uma profunda pesquisa sobre a chegada dos imigrantes caribenhos à nossa região para a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Parabéns, Cleide! Nossa torcida está toda contigo para que traga esse prêmio para Rondônia. Aliás, já se considere uma vencedora!

Retorno

Quem está de volta à terrinha, depois de 40 anos morando e trabalhando como jornalista no Rio de Janeiro, é o também escritor Zola Xavier. A mais recente obra dele, o livro "Uma Frente Popular no Oeste do Brasil", conta a relação entre cultura e política durante a ditadura militar em Rondônia. Ele conta que  já está com outros projetos em gestação, sempre tendo como foco a história de Rondônia.