O capotamento de um ônibus da empresa Eucatur, que fazia linha Boa Vista – Manaus/AM, deixou como saldo 26 pessoas feridas e uma morta, por volta das 23h30 de domingo. O acidente aconteceu na BR-174, cerca de 170 quilômetros de Boa Vista, próximo da Vila Petrolina, em Caracaraí.
No ônibus estavam 21 crianças e adolescentes de 13 a 17 anos das escolas São José e Objetivo que iam participar de um torneio interestadual de basquete. Desses, apenas oito jovens não se feriram. Três tiveram que ir para a mesa de cirurgia, com trauma de clavícula, braço e escoriações diversas e um dos jovens perdeu o movimento em uma das mãos. Uma ageira teve a mão decepada.
Segundo relato dos ageiros, o ônibus deveria ter saído de Boa Vista por volta de 19h30, mas houve um atraso e os ageiros conseguiram embarcar apenas às 20h30. O acidente ocorreu a 23 quilômetros da Vila Petrolina.
Pouco depois de arem pela Vila Petrolina, os ageiros contam que sentiram um sacolejo e o ônibus saiu da pista. “Depois nós sentimos o ônibus mexer novamente e tentar retornar para a rodovia, mas aí já era tarde e ele já estava virado, se arrastando por uns 100 metros”, contou o técnico Ídio Garcia, que levava a delegação de adolescentes para Manaus.
Segundo relato das vítimas, o motorista da empresa foi o primeiro a sair do veículo e parar um outro carro que estava ando para pedir ajuda. O motorista voltou pela estrada até Caracaraí, onde foi socorrido.
Os outros ageiros que estavam menos feridos foram auxiliando os que tinham ficado em pior estado até que todos conseguiram sair do ônibus. Os ageiros contam também que um ônibus de outra empresa, que faz o mesmo trajeto, chegou a parar no local, mas o motorista não tinha lanterna, maleta de primeiros-socorros ou algo que pudesse ajudar os feridos.
“Ele não quis prestar ajuda porque tinha ageiros que iam pegar conexão com um vôo da empresa Gol”, contou um dos feridos. No ônibus capotado também não havia maleta de primeiros-socorros.
A maioria dos acidentados foi levada para o Hospital de Caracaraí por outro ônibus da empresa Eucatur. Os mais feridos foram conduzidos no bagageiro. “Nós formamos macas com lençóis para transportar os meninos feridos. Uns 10 minutos antes do acidente eu estava brigando com eles por fazerem bagunça no ônibus e logo depois foi toda essa tragédia”, desabafou o técnico, bastante emocionado.