*“Dos quase nove mil policiais em atividade apenas uma pequena parcela pode ser tomada como desnecessários aos quadros da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP). E com certeza todos os que tiverem praticado atos ilícitos serão punidos e afastados da corporação”. A afirmação é do secretário da SSP, Antônio Sá Cavalcante, que vê como positiva a abertura de inquéritos e de processos contra cerca de 460 policiais militares e civis. E na prisão de um PM e de quatro investigadores e um delegado da PC. Segundo ele isso demonstra que está havendo punição aos policiais que não estão de acordo com as prerrogativas que movem a instituição.
*“Estamos vivendo um momento único na polícia, uma onda benéfica que mostra a ordem do governador Eduardo Braga de não permitir que irregularidades cometidas por alguns policiais em gestões adas se repitam no atual governo. Tenho segurança ao afirmar que a “Operação Limpeza”, como foi nomeada pela governador, vai ajudar a tirar das ruas quem não se adequar ao que esperamos dos nossos policiais”, afirmou o secretário em entrevista ao Em Tempo.
*Dentre as principais acusações contra os policiais estão a prática de extorsão, seqüestro, homicídios, tráfico de drogas, roubo, abuso de autoridade, lesão corporal e tortura. Segundo dados da Polícia Militar desde abril do ano ado 300 procedimentos istrativos foram instaurados, além de 80 inquéritos policiais militares, 60 conselhos de disciplina e sindicâncias disciplinares. Destes, três policiais foram expulsos e outros 13 devem receber o mesmo tratamento ainda este mês. Há previsão de até o final de 2006 que pelo menos outros 100 policiais deixem a corporação.
*A Polícia Civil instaurou, durante todo ano ado, 276 sindicâncias, destas 162 estão em andamento. Foram abertos ainda mais 18 inquéritos considerados graves, envolvendo tráfico de drogas e homicídio. Os casos de consumo de drogas foram responsáveis pela instauração de nove termos circunstanciais de ocorrência (TCO).
*Conforme Sá Cavalcante uma pequena parcela de policiais não pode comprometer a credibilidade de toda uma classe de profissionais que ao longo dos anos demonstrou ter capacidade de punir os maus policiais e de se adaptar às necessidades mutantes da sociedade. Uma demonstração disso é o investimento crescente na aquisição de equipamentos, tecnologia, viaturas, lanchas, na contratação de pessoal e na qualificação profissional.