A Semana Ecoliga, em referência ao Dia Mundial do Meio Ambiente - comemorado na próxima quinta-feira, 5 de junho, foi aberta nesta segunda (2), no auditório do Ministério Público do Trabalho em Rondônia e no Acre (MPT-RO/AC), em Porto Velho. A programação é promovida pela Ecoliga de Rondônia, rede que reúne diversas instituições comprometidas com a sustentabilidade na região amazônica.
A abertura contou com uma visita guiada pela exposição fotográfica intitulada “Os Impactos das Mudanças Climáticas no Mundo do Trabalho”, realizada pelo MPT, e foi seguida do Cine Meio Ambiente, com exibição de filmes de produtores locais e uma mesa de debate sobre arte, meio ambiente e Amazônia. A proposta foi construir uma assimilação sensível e crítica sobre o território amazônico e as emergências climáticas, utilizando a arte como ferramenta de diálogo.
A assistente técnica do Núcleo de ibilidade, Inclusão e Gestão Socioambiental (Nages) do TJRO, Jussara Valente, destacou que, após o seminário realizado pela Ecoliga no ano ado, com foco nas mudanças climáticas, a ideia para 2025 foi ampliar a abordagem. “Esse ano nós pensamos: por que não utilizar a arte para iniciar os nossos debates e as nossas questões sobre o meio ambiente? A arte faz parte da vida das pessoas e dialoga de maneira diferente”, afirma a servidora.
Antes da exibição dos filmes, os participantes realizaram uma visita guiada à exposição fotográfica, composta por imagens produzidas por servidor do MPT-RO/AC e outros órgãos parceiros, refletindo sobre as transformações climáticas na região. Em seguida, o Cine Meio Ambiente apresentou obras de cineastas locais como Chicão Santos, diretor do filme “Como Matar um Rio”, e Édier William, responsável por “Planeta Fome”. Ambos participaram da mesa de debate ao lado do procurador-chefe do MPT, Carlos Alberto Lopes de Oliveira, da procuradora do trabalho Camilla Holanda Mendes da Rocha e da assessora de Sustentabilidade e ibilidade (Assesua) Solange Mendes Garcia, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RO).
Durante o debate, Chicão Santos abordou o processo de criação do seu filme e como ele se relaciona com a proposta da Ecoliga, ao provocar reflexões sobre o papel da arte frente às emergências climáticas. “O cinema, assim como a Ecoliga, é um meio de pensar e refletir sobre esse cenário que estamos vivendo, sobre como nossas ações afetam os rios e toda a Amazônia”, pontuou.
Já Édier William falou sobre “Planeta Fome” e o imaginário de uma Porto Velho futurista, marcada pela ausência total da floresta e lembrada apenas pelas icônicas Três Caixas d’Água. “O filme é um alerta: o que restará da nossa identidade amazônica se continuarmos nesse caminho?”, provocou o cineasta.
Solange Garcia destacou a importância da Ecoliga como uma rede de esperança. “Essa união entre instituições faz a gente acreditar e dar esperança. O esperançar possibilita isso, a construção de um futuro possível, que se afaste desse cenário de planeta fome”, declarou.
“A Semana Ecoliga é uma plataforma vital para debatermos a crise climática e suas consequências, é fundamental trazer à luz como as questões ambientais impactam diretamente a saúde, segurança e dignidade dos trabalhadores”, disse o procurador-chefe do MPT. “Nossa exposição e a participação de nossos membros nos debates reforçam o compromisso em promover um meio ambiente de trabalho seguro e sadio para todos, em consonância com um desenvolvimento sustentável”, conclui Carlos Alberto.
Semana Ecoliga segue até sexta-feira, no TRE
A Semana Ecoliga acontece de 2 a 6 de junho, com atividades diárias que incluem cursos, rodas de conversa e ações práticas de sustentabilidade. O destaque é a programação desta quinta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, quando as atividades serão transmitidas ao vivo pelo canal do TJRO no YouTube.
O encerramento será na sexta-feira (6), com a gincana de arrecadação de materiais recicláveis, envolvendo servidores das instituições que integram a Ecoliga. O servidor que mais arrecadar de cada órgão, conforme regulamento, será premiado com um brinde especial.