Nada a Festejar
O novo comando do Governo dos Estados Unidos tendo como presidente Donald Trump chegou aos 100 dias. Motivos para festejar, apesar de tentar aparentar o contrário, nem ele e nem o povo norte americano tem. Pesquisas mostram que a empolgação com o chefe da nação que dominou os eleitores da terra do Tio Sam na última eleição está se dissipando muito rapidamente. Um levantamento feito pela rede de notícias CBS News entre os dias 23 e 25 de abril, que ouviu 2.365 pessoas constatou que 55% dos entrevistados, mais da metade, desaprova a istração Trump. Um número elevado para quem tem apenas três meses de governo. Para muitos dos norte-americanos, o presidente está piorando a economia (53%) com as medidas tarifárias adotadas. Nessa levada, os eleitores estadunidenses também afirmaram sentir que estão financeiramente piores (48%), desde que Trump voltou à Casa Branca.
Não Mentiu
Porém, em um ponto a maioria dos ouvidos pela pesquisa concorda: 61% consideram que o presidente está cumprindo o que prometeu na campanha. São números que mostram que a natural lua de mel entre o eleito e a população que dura em média 100 dias, acabou muito antes entre Trump e os eleitores. É um sinal de alerta para o presidente e equipe e que, se continuar nessa batida, poderá antecipar o final do governo Republicano. Apesar da pouca cobertura dada pela grande mídia nacional, já estão ocorrendo manifestações contra Trump em várias partes dos Estados Unidos e, povo na rua contra governantes começa com uma marola, mas tem o poder de se transformar em um tsunami. E quando chega nesse ponto tudo é imprevisível! Porém, pela segurança do político,é melhor evitar ao máximo que a opinião pública fique insatisfeita. Os próximos meses e as ações serão os termômetros para a istração Trump. Aguardemos!
Sem Desconto
O que o Governo Lula menos precisava nesse momento era de um escândalo. Digo precisava, porque aconteceu e pode tomar proporções difíceis de prever. Pode acontecer tudo, inclusive nada! O escândalo está no INSS, e veio à tona na ‘Operação Sem Desconto’, envolvendo 11 entidades que representam aposentados e pensionistas onde investigações da Polícia Federal apontam para descontos irregulares nas contas de beneficiários que chegam a R$ 6,3 bilhões. Na vice-presidência de uma dessas entidades, o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), está Frei Chico, irmão de Lula. Aliás, essa foi uma das que mais fizeram recolhimento de mensalidades associativas por meio de aposentadorias e pensões do INSS. Mas, segundo a PF, ele não está sendo investigado.
Coronel
A verdade é que esse escândalo deu gás para a oposição entrar com um pedido de I do INSS, na Câmara dos Deputados. O pedido foi feito pelo sempre ‘muito preocupado’ com o Brasil, o deputado rondoniense Coronel Crisóstomo. Ele também pediu o afastamento do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Porém, Luppi decidiu sair do cargo de ministro e Lula nomeou para o posto, Wolney Queiroz Maciel, que já atuava no Ministério da Previdência. Luppi viu que se ficasse no governo estaria piorando as coisas e causando uma sangria sem necessidade. Imagine uma canoa no meio do rio, com duas pessoas, sendo um colocando água dentro da embarcação com um balde e outra tirando a água com uma latinha de cerveja. Ou seja, está ajudando a afundar tudo!
Pode ser tiro no pé
Mas a oposição, precisa ficar atenta. Lembram da MI para investigar o 8 de Janeiro, defendida pelos contrários ao Governo Lula? O resultado final foi o relatório pedindo o indiciamento de 61 pessoas, entre as quais o ex-presidente Jair Bolsonaro; o ex-vice-presidente na chapa de Bolsonaro, general Braga Netto; entre outros. Foi um tiro no pé dos que queriam a comissão e as consequências estão sendo sentidas até hoje pelo bem da democracia. I você sabe como começa, mas nunca como termina! Ainda teremos muitas emoções.
Espaço I

E a política local está tomando corpo na preparação para a eleição de 2026. Dois fatos merecem a atenção dos eleitores, por mais que muita gente ignorem a obrigatoriedade de votar. O primeiro é a fusão dos partidos PSDB e Podemos, que já está praticamente carimbada pelo alto clero das duas agremiações. Trazendo o foco desse casamento para Rondônia, teremos uma situação até então impensável. A grande estrela dos tucanos hoje em nosso Estado é o ex-prefeito de Hildon Chaves e a grande estrela do Podemos em Rondônia é o atual prefeito de Porto Velho, Léo Moraes. Hildon já anunciou que pretende voltar a vida política, como senador ou como governador. Porém, Léo ao assumir a prefeitura não poupou críticas aos oito anos dos tucanos no comando da cidade. Pegou muito pesado para desconstruir o legado de Hildon Chaves. Assim, a pergunta que fica é: essa fusão tem espaço para os egos de Léo e Hildon? Não temos bola de cristal, mas ao que tudo indica, Hildon terá que aceitar dividir o poder com atual prefeito ou mudar de sigla. O senhor Tempo vai nos dar a resposta!
Espaço II
O segundo ponto é a Federação União Brasil e Partido Progressista. Mais uma vez, a disputa de egos deverá ser o tom desse ajuntamento. Nesse caso, teremos o governador Marcos Rocha, a deputada federal Sílvia Cristina e o deputado federal Fernando Máximo concorrendo às vagas ao Senado. No entanto, o ex-presidente Bolsonaro já andou dizendo que para o senado a disputa deve ser entre o deputado federal Fernando Máximo e Bruno Scheidt. Para o governo os nomes seriam, de novo, Fernando Máximo e Marcos Rogério. Fernando Máximo hoje está no União Brasil, mas podendo mudar de partido, e não podemos esquecer que ele foi uma máquina de votos na última eleição. Correndo por fora, ainda tem o ex-governador Cassol, que não esconde o desejo de retornar à política. Nesse caso, se tudo se confirmar, a pergunta é: como fica o governador Marcos Rocha na candidatura ao Senado e o vice Sérgio Gonçalves que almeja ser governador? Mais uma vez, só o senhor Tempo poderá nos dizer!
Tristeza

A sorte não parece ser amiga da saúde pública em Rondônia. Se não bastassem todos os problemas enfrentados pelo setor em nossa cidade, como superlotação do Hospital João Paulo II com cenas deploráveis; acidente com ambulância na BR 364; essa semana tivemos mais uma triste notícia. O Barco Hospital Walter Bártolo, do governo estadual, foi a pique, no rio Mamoré, na madrugada de quarta-feira (30), em Guajará-Mirim, sem vítimas. A embarcação era usada como posto de saúde flutuante e atendia as comunidades ribeirinhas dos rios Mamoré e Madeira, no lado brasileiro; e também moradores do lado boliviano. O barco tinha toda a estrutura e equipamentos médicos, sendo possível até fazer pequenas cirurgias. Sobre o prejuízo, a coluna entrou em contato com a Sesau, e foi informado que ainda estavam fazendo o levantamento. Mas só para refrescar a mente, o Walter Bártolo foi adquirido em 2016, pelo Governo Confúcio Moura, no valor de R$ 4 milhões. Que descubram os motivos, calculem os prejuízos e, principalmente, o que será feito para não deixar os moradores desassistidos de atendimento médico.
Mortes na BR 364
E após o feriado do 1º de Maio, na quinta-feira, chegou nas primeiras horas da manhã de sexta-feira (02), a lamentável notícia que mais uma tragédia aconteceu na BR 364, próximo a Itapuã do Oeste, com duas vítimas fatais. Mais uma vez, a colisão envolveu uma ambulância que transportava uma paciente e uma técnica de enfermagem que morreram na hora, com um ônibus que também transportava pacientes. O motorista da ambulância foi socorrido em estado grave, após ficar preso às ferragens e, no ônibus, ninguém teve sérios ferimentos. As duas vítimas fatais foram: Marly Lima Reis, 67 anos, paciente; e Cristiane Reis, técnica de enfermagem. E a tragédia poderia ter sido maior, já que o ônibus envolvido estava levando 22 pessoas para tratamento médico em Porto Velho. A coluna deixa os sentimentos às famílias de Marly e Cristiane!
Ferrovia

Essa tragédia ocorre há menos de um mês quando outro acidente, também envolveu ambulâncias que fazem o transporte de pacientes dos municípios para tratamento médico na capital. Infelizmente, é triste itir, mas foi uma tragédia anunciada. A BR 364 não a mais o tráfego com apenas duas pistas. Se será privatizada ou não é outra história. A certeza é que algo urgente necessita ser feito nessa estrada. O interessante é que as bancadas federal e estadual não se manifestam sobre esses desastres, praticamente, diários. A coluna acredita que já está ando da hora de se pensar, seriamente, em uma ferrovia, se possível, saindo de Cuiabá, ando por Porto Velho e chegando à Manaus. Seria a solução mais sensata! Tiraria o movimento de carretas deixando a estrada para veículos menores. Na outra ponta, seriam feitos os investimento na regionalização da saúde, criando estruturas nos municípios para se evitar enviar pacientes para Porto Velho. Alguém pode dizer que isso é impossível, mas se o homem pensasse sempre assim, ainda estaríamos morando em cavernas!
Carnificina
O engenheiro eletricista Ildefonso Madruga, presidente do Sindicado dos Engenheiros do Estado de Rondônia, informou à coluna, um dado estarrecedor que dá a dimensão do que é trafegar na BR 364. “252 mil pessoas por ano ficam com sequelas permanentes decorrentes de acidentes de trânsito no Brasil. Já em Rondônia, a BR 364, no trecho entre Vilhena e Porto Velho, temos, a cada três dias, duas mortes de acordo com os números de janeiro a abril de 2025”, contabilizou. Ele também concorda com a ideia da construção de uma estrada de ferro. “Nas ferrovias, o número de acidentes é praticamente zero”, enfatizou.
CACs
E essa ideia tem tudo para vir com força para Rondônia. A Câmara Municipal de Curitiba, no Paraná, aprovou a criação do Dia dos CACs. Os vereadores da capital paranaense escolheram o dia 3 de agosto para que caçadores, atiradores e colecionadores celebrem os feitos da categoria. A data foi escolhida em alusão ao calibre 38 milímetros. Quando achamos que já vimos tudo, aparecem essas surpresas!