De posse de contracheques de servidores comissionados da istração de Sueli Aragão (PMDB), o vereador Valdomiro Corá (PV) fez na última segunda-feira um de seus mais inflamados discursos. Ele questionou o fato de um único servidor portariado receber R$ 6.132,63, enquanto que um operador de máquinas pesadas tem um salário-base inferior a R$ 700. “Essa é uma das razões do povo de Cacoal estar vivendo às duras penas, sem a coleta de lixo, às vezes sem água e sem máquinas para recuperar as estradas”, disse o vereador.
Um outro servidor protegido de Sueli Aragão recebia nada menos que R$ 4.869,24, salário superior ao de um médico que recebe R$ 4 mil incluindo gratificações e tudo mais a que tem direito. A denúncia caiu como uma bomba, já que a cidade inteira questiona o sucateamento das máquinas e o completo abandono do município.
Segundo Corá, a ex-prefeita preocupou-se em inaugurar obras faraônicas inacabadas, que hoje não servem à comunidade em absolutamente nada, como a nova prefeitura, que foi inaugurada, mas não conta com a estrutura necessária para funcionar. “A situação das ruas de Cacoal hoje é crítica. Em alguns bairros, como o Jardim Itália, os buracos e valas tomaram conta ao ponto de provocar acidentes graves e gerar prejuízos irreparáveis aos moradores”.
Nas primeiras sessões legislativas deste ano, Corazinho apresentou mais de 20 requerimentos solicitando informações sobre a aplicação de recursos públicos, além de uma série de outras proposituras, como ofícios e indicações, cobrando ações enérgicas do Poder Executivo. “Não fui eleito para ficar de braços cruzados nesta Câmara, mas para defender os interesses de um povo sofrido, que não tem a quem recorrer”, concluiu o vereador.