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"Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil". Qual parte desse preâmbulo excelentíssimo senhor presidente da República Federativa do Brasil não terá lido? Ou, se leu, não entendeu?
O problema é que o senhor presidente sabe, mas não se importa. É insubmisso, possivelmente portador de Distúrbio de Personalidade Antissocial,
caracterizado por incapacidade de conformar-se e adaptar-se às regras sociais. Uma das características é a capacidade de convencimento, quando se interessam por algo que lhe renda fama. E ausência de remorso por suas atitudes. Esse quadro explica seu desprezo pelas instituições. Ele descobriu bem cedo em sua vida pública o caminho para sensibilizar a parcela necessária do eleitorado: a polêmica. Daí a sistematização e método dos ataques permanentes à OAB. A exclusão do CONAD é apenas mais um sintoma.
O presidente ataca o que lhe dá na telha, sem qualquer desenho de respeito institucional, à constituição, às leis, ou à mais epidérmica noção de liturgia do cargo que ocupa. Ele sabe que seu projeto de reeleição, ao qual se dedica desde os primeiros dias de governo, a pela manutenção do clima de acirramento eleitoral. Ele fala exclusivamente para seu eleitorado para alimentar a sanha punitivista que elegeu toda a família. E a advocacia brasileira, que "defende toda essa gente que aí está" é igualmente alvo preferencial.
Seu filho, Carlos Bolsonaro, que istra seus robôs e assemelhados nas redes sociais, especialmente no Twitter, mobilizou novamente a artilharia contra a Ordem nesta terça-feira, ao insinuar que a OAB é comprometida somente com dinheiro (público). É a metodologia da atividade eleitoral familiar: atira à esmo, pronto a desmentir a qualquer eventualidade adversa, já elaborando novas acusações falsas e desmentidos seguidos. A advocacia nacional em que se manter unida para combater a esses e outros ataques que certamente virão, com foco na, criminalização do advogado, no desmantelamento da OAB e no enfraquecimento da defesa.
É preciso que a advocacia mantenha o foco no principal: nossa ideologia é a constituição e nosso partido é o Brasil. Não importa quais sejam as preferências pessoais e opções políticas individuais dos advogados. No conjunto, nosso ideal é o fortalecimento do estado democrático de direito no absoluto respeito à constituição e às leis. Nesse sentido devem ser igualmente cuidadosas nossas manifestações públicas, que com toda a certeza haverão de servir como munição aos que objetivam destruir nossa representação constitucional.
Isso acontece pela necessidade de reação das forças que defendem a consolidação do estado policial, fragilizadas a partir das denúncias do Intercept Brasil. É de Cesar Britto a constatação: "Sabe-se agora – por prova e convicção – que o processo fora conduzido coletivamente". As gravações "revelam a mistura, em único pacote investigatório-acusatório-julgador" dos processos na 13ª Vara Federal de Curitiba. A ponto de não se saber mais "quem era o policial, o membro do Ministério Público ou o magistrado". Para coroar a estratégia foi fundamental o apoio da opinião pública, mobilizada por vazamentos seletivos, pouco importando a verdade real ou processual.
Haverá, por certo, quem se recuse a crer nessa realidade, mesmo diante de incontestáveis constatações das ilegalidades cometidas, na crença de que vale tudo na luta contra a corrupção. Até mesmo corromper o sistema judicial. Ou alguém imagina que o Presidente Bolsonaro não deverá prosseguir com sua campanha "morde e assopra", a exemplo do que fez ao cometer crime racial contra todo o Nordeste. Primeiro chamou pejorativamente a região de "paraíba". Depois disse ter uma filha com "sangue cabra da peste".
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!